a dançarina, coreógrafa e professora Alemã Mary Wigman (1886-1973) é considerada uma das fundadoras do movimento de dança moderna.Mary Wigman nasceu Marie Wiegmann em 13 de novembro de 1886, em Hanover, Alemanha. Filha de um fabricante, Wigman obteve seu ensino médio em escolas na Alemanha, Inglaterra e Suíça. Durante uma visita a Amsterdã, ela participou de uma apresentação de dança de estudantes de Emile Jaques-Dalcroze, originador do sistema de instrução musical conhecido como eurythmics. A experiência incutiu em Wigman uma consciência da dança como expressão da vida.Apesar das objeções de seus pais, Wigman se matriculou na escola de Jaques-Dalcroze em Dresden-Hellerau em 1911. O sistema de ginástica rítmica ensinado lá tornou-se muito rigidamente acadêmico e confinado demais para ela porque forçou a dança a desempenhar um papel secundário na música. O conselho do pintor expressionista alemão Emil Nolde ela foi para Ascona, Suíça, em 1913, para se inscrever no curso de verão dada por Rudolf von Laban, cujas teorias ajudaram a pavimentar o caminho para o moderno movimento de dança. Ela permaneceu com a escola Laban— durante as sessões de verão na Suíça e as sessões de inverno em Munique-até 1919 e serviu por um tempo como assistente de Laban. Em 1914, ela fez sua primeira apresentação solo de estudante.Depois de deixar a escola Laban, Wigman entrou na solidão nas montanhas da Suíça. Ela trabalhou intensamente, criando danças e desenvolvendo seu estilo expressionista único ou “absoluto” de dança, que era independente de qualquer conteúdo literário ou interpretativo. Ela chamou esse estilo de dança de “nova dança alemã”, em parte para expressar sua ruptura com a esterilidade do balé clássico predominante e em parte para reafirmar os princípios antigos da dança como uma expressão das paixões e aspirações humanas.Em 1919, ela deu seu primeiro concerto solo profissional em Berlim, seguido por apresentações em Breman e Hanover. Esses shows foram mal recebidos, mas mais tarde naquele ano ela ganhou aclamação do público e da crítica em Hamburgo, Zurique e Dresden, e sua reputação começou a ser estabelecida. Em meados da década de 1920, Wigman ficou conhecido como o principal expoente do novo “Ausdruckstanz”, ou dança expressionista, na Alemanha.Em 1920, Mary Wigman abriu uma escola em Dresden, que logo se tornou o ponto focal da dança moderna alemã. Na escola, ela treinou dançarinos e experimentou coreografia. Entre seus alunos estavam Holm, Georgi, Palucca, Wall e Kreutzberg. Esses dançarinos também apareceram em sua trupe de dança, que fez sua primeira aparição pública em 1923. Durante os anos seguintes, ela viajou extensivamente, sozinha e com sua trupe. Ela fez sua estreia em Londres em 1928 e sua triunfante estreia nos EUA em 1930,seguida por mais duas turnês nos EUA entre 1931 e 1933. Embora o estilo de Wigman fosse frequentemente caracterizado como tenso, introspectivo e sombrio, os críticos da época descreveram a qualidade do êxtase e do brilho encontrados sob até mesmo suas composições “mais sombrias”.
em suas primeiras apresentações, Wigman dançava às vezes sem música ou com o acompanhamento de flautas ou instrumentos de percussão, como tambores africanos, gongos Orientais ou pratos. Mais tarde, ela compôs música para acompanhar os movimentos de suas danças individuais-uma nova abordagem ao acompanhamento de dança que se mostrou amplamente influente.Ramificações de Sua Escola Central de Dresden foram criadas em toda a Alemanha e nos Estados Unidos Por Hanya Holm. Além disso, as autoridades educacionais prescreveram seu treinamento de dança para as escolas públicas. Ela se tornou o centro de um movimento nacional e foi homenageada oficialmente no início dos anos 1930 pelo governo alemão.As autoridades nazistas, no entanto, a consideravam uma esquerdista e suas danças eram decadentes. Eles levaram sua escola para longe dela, mas permitiram que ela ensinasse em Leipzig durante a Segunda Guerra Mundial. o último trabalho em que ela apareceu como solista foi “The Dance Of Niobe” (1942), no qual dançou o papel-título.Após o fim da guerra, Wigman continuou a trabalhar em Leipzig sob ocupação soviética até 1949, quando fugiu para Berlim Ocidental. Ela abriu uma escola lá que se tornou um ponto de encontro para entusiastas da dança moderna de todo o mundo até a década de 1960. sua última aparição pública como dançarina foi em 1953. Durante a década de 1950, ela também trabalhou como coreógrafa convidada. Suas produções mais importantes para as casas de ópera alemãs incluem “Saul” DE Handel (Mannheim, 1954), “Carmina Burana” de Orff (Mannheim, 1955) e “Sacre du Printemps” de Stravinsky (Ópera Municipal, Festival de Berlim, 1957).Mary Wigman foi uma grande influência na dança moderna americana, em grande parte através do trabalho de Hanya Holm e outros discípulos que se mantiveram vivos, desenvolvidos e estenderam seus conceitos.
Leitura Adicional
Material biográfico sobre Wigman pode ser encontrado em Hanya Holm, “The Mary Wigman I Know”, em Walter Sorell, editor, A dança tem muitas Faces, 2D ed. rev. (1966), e em Ernst Scheyer, “a forma do espaço: a arte de Mary Wigman e Oskar Schlemmer”, perspectivas de dança (1970). Wigman própria escrita inclui A Linguagem da Dança, traduzido por Walter Sorell (1966); A Mary Wigman Livro, editado e traduzido por Walter Sorell (1975); “O Novo alemão de Dança,” em Virginia Stewart e Merle Armitage, editores, A Dança Moderna (1935 a 1970); e “A Filosofia da Dança Moderna,” em Selma Jeanne Cohen, editor, Dança como um Teatro de Arte (1974).